Como comunicar sobre Covid-19
Certifique-se da veracidade das informações
Vivemos uma crise de desinformação. Notícias falsas são espalhadas pelas redes sociais a todo momento e os canais tradicionais de comunicação não dão conta de suprir as demandas. Por isso, é importante fortalecer as informações corretas sobre a pandemia de Covid-19 em seus círculos, difundindo informação de qualidade e desmentindo as fake news com dados corretos, sempre que possível. As agências de verificação de notícias, como a Lupa, E-farsas, Aos Fatos se ocupam de desmentir notícias falsas difundidas pelas redes sociais ou falas equivocadas de políticos, governadores e até do Presidente da República. São conteúdos muito relevantes para a distribuição nas redes sociais.
Busque fontes confiáveis
Além dos órgãos oficiais dos governos estaduais e prefeituras, é importante acompanhar outras organizações interessadas na difusão correta de informações, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Fiocruz, Observatório Covid-19 BR e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, por exemplo. Essas instituições disponibilizam notícias e materiais atrativos para redes sociais, como fotos, vídeos, infográficos e até radionovela.
Acessibilidade
Produza conteúdos multimídia sobre Covid
Escute e conte sobre todas as vozes
Dicas sobre as redes sociais
Produzir o próprio conteúdo para comunicar sobre Covid nas redes sociais pode ser um grande desafio. É preciso entender os mecanismos de cada plataforma e as preferências dos usuários.
No Facebook, por exemplo, os memes e os vídeos têm grande engajamento em razão da facilidade de compartilhar. Ao compartilhar links, a melhor maneira é usar a miniatura automática gerada pela própria plataforma. É importante que a foto contida no artigo tenha alta resolução para que ela ocupe todo o quadro. Porém, a plataforma tem restringido o alcance de links. Assim, uma outra forma de compartilhar conteúdo é fazer um pequeno resumo chamativo, fazer o upload de uma foto e avisar que o link para o artigo completo está nos comentários. Se a pessoa não abrir o link, pelo menos leu um resumo sobre o assunto.
Já no Twitter os links são muito bem vindos. É interessante fazer algum comentário relevante ao compartilhar uma notícia que vá além do título, já que ele vai aparecer na miniatura da notícia. Uma outra forma de engajar a audiência é contar uma história com uma thread, ou fio, onde um tuíte é ligado ao outro por uma cadeia, na ordem em que foram compartilhados. Essa é uma forma de contar uma história maior do que os 280 caracteres que cada post permite. Mas é preciso encontrar os dados mais relevantes a serem compartilhados na thread e não abusar do tamanho. Fazer uma lista de curiosidades onde cada curiosidade ocupa um tuíte da thread é uma forma de aguçar a curiosidade dos usuários. As fotos e os memes também são bastante difundidos nessa rede. Encontre a sua própria voz e conheça sua audiência, ou o seu público não vai ouvir o que você tem a dizer.
O Instagram é uma das redes do momento, mais especificamente o Story e o Reels. São ferramentas dinâmicas que permitem o compartilhamento de conteúdo de uma forma mais impactante. No story você pode compartilhar fotos e vídeos que tem a “vida útil” de 24 horas. Os mais importantes você pode salvar em um destaque, que vai ficar salvo no perfil. Para essa ferramenta é preciso ter um pouco de discernimento na quantidade, ou você vai acabar saturando a sua audiência e ela vai pular o seu conteúdo sem dó.
Tik Tok
O Tik Tok é a casa dos vídeos curtos de até 60 segundos com potencial de viralizar, ou seja, se espalhar com uma grande velocidade. O aplicativo oferece diversas ferramentas para que você produza todo o conteúdo lá dentro. As dublagens são os carros-chefe. Além disso, existem os desafios, em que as pessoas têm que seguir uma determinada regra para participar. Áudio e vídeo são bastante importantes nessa rede e as edições estão cada vez mais complexas. Por isso, pode parecer difícil produzir para o Tik Tok. Mas, antes de tudo, é preciso que o seu conteúdo esteja alinhado com a sua organização e com a sua audiência. A forma com que o conteúdo é compartilhado também faz parte da mensagem. As danças são muito famosas dentro da rede, mas não faz sentido usá-las ao falar de mortes por Covid, por exemplo. Você pode fazer vídeos sem precisar dizer nada, mas deixando as informações de forma escrita na tela. Faça tudo isso de uma forma atraente, mas sem ser exagerada. É uma plataforma que tem uma base de usuários bastante jovem, de 16 a 30 anos. Se o seu público está dentro dessa faixa etária, é importante pensar em estratégias para a rede.
Youtube
O Youtube é a rede mais democrática e onde é possível encontrar todo tipo de conteúdo, inclusive as notícias falsas. Por isso, é importante produzir vídeos informativos para essa plataforma também. O diferencial do Youtube é a edição, que deve ser dinâmica e atrativa. Não tente imitar o conteúdo dos telejornais para parecer um conteúdo sério. Faça com qualidade e você será visto. É possível fazer vídeos longos e curtos, além da opção do conteúdo como o story. Quando o vídeo é muito extenso, é interessante separar em tópicos e colocar na descrição do vídeo em qual minuto começa cada tópico.
Como falar com cada público? >