No Dia Mundial da Justiça Social (20/2), as Nações Unidas (ONU) chamaram a atenção dos líderes globais sobre as condições de trabalho na economia digital, modelo que cresceu mais rapidamente por causa da pandemia da Covid-19.
São enormes as possibilidades trazidas pela expansão da internet, como mais acesso à comunicação e à informação e novas oportunidades para que o trabalhador gere renda ou monte seu empreendimento.
Mas a ideia de que a internet tornaria o mundo mais igualitário, democrático e livre já está coberta de dúvidas. Para início de conversa, 3,6 bilhões de pessoas continuam excluídas da rede digital, segundo a União Internacional de Telecomunicações.
As oportunidades de trabalho e renda viabilizadas por meio digital estão frequentemente associadas a condições precárias ou excesso de trabalho. E a captura, armazenamento e circulação de dados pessoais gera grandes preocupações relacionadas ao direito à privacidade e a ameaças às democracias.
Se a comunidade internacional não estiver preparada para enfrentar essas transformações, priorizando a garantia de direitos e os valores democráticos, poderemos assistir a um grave aprofundamento das injustiças sociais nos próximos anos.
Para a gente viver em mundo melhor, mais próspero e mais justo, os legisladores e toda a sociedade precisam estar empenhados em alcançar:
- o desenvolvimento sustentável;
- a erradicação da pobreza;
- a promoção de pleno emprego e trabalho decente;
- a proteção social universal;
- a igualdade de gênero e de raça;
- acesso ao bem-estar social e a justiça para todas e todos.
Regras de tributação alinhadas com esses objetivos são fundamentais para essas mudanças!